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Míriam Leitão é eleita para a cadeira de Cacá Diegues na ABL

Jornalista com 16 livros publicados, Míriam teve 20 votos contra 14 do segundo colocado, Cristovam Buarque.



A jornalista e escritora Míriam Leitão foi eleita nesta quarta-feira (30) para a Academia Brasileira de Letras (ABL).


Comentarista política da Globo, a mais nova "imortal" vai ocupar a cadeira número 7, cujo patrono é Castro Alves, e que estava ocupada pelo cineasta Cacá Diegues, morto em fevereiro.


Míriam é a 12ª mulher eleita para a ABL na história e a segunda na cadeira 7 – Dinah Silveira de Queiroz foi a primeira.


“É a realização máxima, é o máximo, é um sonho. Meu sonho não era chegar aqui, era viver e escrever livros, e os livros me levaram até aqui, Academia Brasileira de Letras. Eu tenho um sentimento de humildade, de responsabilidade e de muito orgulho do que está acontecendo neste momento”, disse a jornalista.

Na votação, feita com urna eletrônica, a jornalista teve 20 votos contra 14 do segundo colocado, o economista e ex-ministro da Educação do Brasil Cristovam Buarque.


"A Míriam é uma grande jornalista, grande escritora e ela tem um espectro de interesse muito amplo, que coincide com os interesses da Academia Brasileira de Letras. Ela tem preocupações com o Meio Ambiente, tem preocupação com a democracia, com os negros, com a política oficial do governo sobre as minorias", disse o presidente da ABL, Merval Pereira.


Míriam Azevedo de Almeida Leitão nasceu em Caratinga (MG) em 7 de abril de 1953. É a sexta filha de um total de 12 do casal Uriel e Mariana, ambos educadores, sendo ele também pastor presbiteriano.


Iniciou sua carreira profissional no Espírito Santo, passando por Brasília e São Paulo, até se estabelecer definitivamente no Rio de Janeiro. em 1986.


Como escritora, Míriam publicou 16 livros (veja a lista abaixo) em diversos gêneros literários, incluindo não ficção, crônicas, romances e literatura infantil.


Como jornalista, atuou em jornal impresso, rádio, TV e mídia digital. Ao longo de seus 53 anos de carreira, trabalhou em vários veículos de comunicação, como Gazeta Mercantil e Jornal do Brasil.


Desde 1991, Míriam faz parte do grupo Globo, onde é colunista do jornal O Globo, comentarista no Bom Dia Brasil, na Globonews e na CBN, além de apresentar o programa de entrevistas Miriam Leitão na GloboNews.


Em dezembro de 1972, aos 19 anos e grávida, Míriam foi presa e processada pela Lei de Segurança Nacional devido à sua oposição à ditadura militar.


Obras


Livros:


  • Convém sonhar, coletânea de crônicas e colunas, (Record), 2011

  • Saga brasileira, a longa luta de um povo por sua moeda, 2012 — Prêmio Jabuti de livro reportagem, e Jabuti de livro do ano de não ficção. (Record), 2012

  • Tempos extremos, romance— finalista do Prêmio São Paulo (Intrínseca), 2014

  • História do futuro — O horizonte do Brasil no século XXI, livro-reportagem (Intrínseca), 2015

  • A verdade é teimosa — coletânea de colunas, (Intrínseca), 2017

  • Refúgio no sábado — crônicas, finalista do Prêmio Jabuti (Intrínseca), 2018

  • Democracia na armadilha — Crônicas do desgoverno, (Intrínseca), 2022

  • Amazônia na encruzilhada, 2024 — livro-reportagem — (Intrínseca) Prêmio Juca Pato, 2024


Infantis:


  • A perigosa vida dos passarinhos pequenos — Prêmio FNLIJ. Selo de Altamente Recomendável da FNLIJ; semi-finalista do Prêmio Jabuti, 2013, (Rocco)

  • A menina do nome enfeitado, 2014, (Rocco)

  • Flávia e o bolo de chocolate, 2015 (Rocco)

  • O estranho caso do sono perdido — Selo de Altamente Recomendável da FNLIJ, 2016 (Rocco)

  • O mistério do pau oco, 2018, (Rocco)

  • As Aventuras do tempo, 2019, (Rocco)

  • O menino que conhecia o fim da noite, 2022, (Rocco)

  • Lulli, a gata aventureira, 2025, (Rocco)


Prêmios recebidos na atividade jornalística:


  • Prêmio Jornalismo para a Tolerância, da Federação Internacional de Jornalistas pelo caderno “A Cor do Brasil”, 2004

  • Prêmio Maria Moors Cabot, da Universidade de Columbia, 2005

  • Prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos, pelo documentário “História inacabada”, sobre o desaparecimento de Rubens Paiva, 2012

  • Prêmio Esso pela reportagem feita com Sebastião Salgado “Paraíso Sitiado” sobre o povo indígena Awá Guajá - 2013

  • Prêmio Liberdade de Imprensa — ANJ — Associação Nacional dos Jornais, 2017

  • Prêmio Contribuição ao Jornalismo — ABRAJI — Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, 2019

 
 
 

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